27 junho 2011

Myrtus(Murta)


Murta, é um género botânico que compreende uma ou duas espécies de plantas com flor, da família das Myrtaceae, nativo do sudoeste da Europa e do norte de África. São plantas arbustivas de folha persistente. As flores são brancas, tem cinco pétalas e um numero elevado de estames, o fruto é uma pseudobaga carnuda azul escura contendo várias sementes.
O seu habitat preferencial é em terrenos secos. Na mitologia Grega, a murta era consagrada a Afrodite. O mesmo aconteceria na mitologia Romana em que Venus recebia o título de Murcia, que a relaciona a esta planta. Desde a antiguidade que esta espécie está relacionada com rituais e cerimónias solenes, já os gregos a utilizavam para adornar as noivas com grinaldas .
Quem não se lembra dos arcos nas festas que embelezavam os adros enfeitados com murta, cordas com vários metros de comprimento que enfeitavam os arraiais .

26 junho 2011

Herbário da Nossa Terra - Achillea Ageratum

Por esta altura é muito comum avistarmos estes tufos amarelos de umas flores estranhas que lembram malmequeres sem pétalas.
Esta planta tem como nome científico achillea ageratum, sendo utilizada de forma ornamental, mas também para chás. Na nossa freguesia e concelho encontramos muito desta planta, que é quase uma milagreira. Indicada para hemorragias internas e externas, o chá que se obtém com esta planta é analgésico para cólicas, dores de estômago, de dente e cãibras. É ainda anti-inflamatório para os rins, bexiga, intestinos. Baixa a febre e a pressão arterial.
Esta planta encontra-se em terrenos abandonados, com recursos de água e muito sol. A sua floração é habitual durante Julho e Setembro, começa agora a altura de apanhar o seu molho desta planta para secar e depois fazer o chá.

21 junho 2011

Pessoas e Lavores da nossa Terra

Hoje foi dia de mais um passeio. Podemos dizer que começou no Vale da Perra e que terminou perto do Escandarão.
Para mim foi uma aprendizagem, não só pelas maravilhas naturais que observámos, mas também pela descoberta do nome da zona de uns terrenos de amanho entre Pinhel e Escandarão. Com terra muito fértil, e dividido pela Ribeira de Seiça, este lugar é chamado de as Galegas. Da pequena pesquisa que fiz, creio que o nome tem origem na Galega officinalis. Esta planta é indígena de Portugal e que no passado foi cultivada como planta forrageira porque estimula a produção de leite. 
Naquelas terras podemos encontrar um pequeno campo de nogueiras, pomares, milhais e grandes hortas. É isto mesmo que partilho convosco hoje, a horta e os apanhadores de batatas das Galegas.





19 junho 2011

Herbário da Nossa Terra - Xolantha guttata

fotografia tirada no Campo de S. Gens
Hoje escolhemos uma planta muito pequena que se confunde com malmequeres, pertencente à família das estevas.
A flor é composta pétalas amarelas, geralmente com mancha purpura central de tamanho variável.
O seu nome vulgar é Tuberária-mosqueada ou Erva-das-Criadilhas. Este último surge porque se diz que onde há Criadilhas (um género de cogumelo que se encontra debaixo do solo como a trufa) tem de haver uma planta destas. Curiosamente não tenho conhecimento que este fungo seja usado na gastronomia desta região.
Esta planta é ainda indicadora de secura e solos ácido, propagando-se por matagais ou solos abandonados.

12 junho 2011

Cynara scolymus ( Alcachofra)


Planta herbácea, vivaz, que pode atingir até um metro de altura. Folhas grandes, por vezes muito divididas, alongadas, verdes na página superior e esbranquiçadas na inferior. Distingue-se principalmente pela flor, lilás ou roxa.
A floração dá-se nos meses de Maio/Junho. Todos os cardos são por norma comestíveis e muito ricos em sais minerais e vitaminas .
Pelo Sto. António é costume em Portugal chamuscarem-se as alcachofras nas fogueiras, deixando-as em água fria durante a noite. Na manhã seguinte a alcachofra, à semelhança de uma, Fénix, renascerá das próprias cinzas e voltará, a florir, concedendo-nos um desejo pedido à meia noite. Uma outra tradição popular manda colocar uma alcachofra ardida num vaso com terra, se no dia seguinte estiver novamente florida é sinal de casamento.

Herbário da Nossa Terra - Cistus

Cistus salviifolius, fotografia tirada no Cubo

Cistus crispus , fotografia tirada no Campo de S. Gens
Hoje a escolha tem um pouco a haver com um Passo a Passo realizado esta manhã em Casal dos Bernardos.
A planta que partilho hoje, tem diversos géneros (cerca de 20), sendo o mais conhecido de todos a Esteva. Trata-se de um pequeno arbusto, encontrado em solos secos ou rochosos em toda a região do Mediterrâneo , de Marrocos e Portugal até o Oriente Médio, e também nas Ilhas Canárias.
É-lhes comum as flores terem cinco pétalas vistosas, que variam do branco ao roxo e rosa escuro, em algumas espécies aparece um vermelho escuro, quase preto, em forma triangular, visível na base de cada pétala, junto ao olho da flor.
Haveria o mito de que, no Concelho de Ourém, não haveria Estevas.... pois todo o território de pinhal e matas, são abundantes estes outros familiares da Esteva, e que todos vós certamente conhecem. Eu lembro de ver estas flores brancas aqui por Pinhel e as cor de rosa no Zambujal, terra da tia, responsável por hoje saber o nome comum destas plantas, naquela zona.

05 junho 2011

Qual o nome ? Será da família da planta "bocas de lobo"

Hypiricum perforatum (Hipericão/Erva-de-são-joão)


Esta planta reúne excelentes qualidades terapêuticas indicadas no tratamento de hepatites e no mau funcionamento da vesícula biliar. Proporciona acção antioxidante, acção sedativa, antidepressiva, diurética e antiespasmódica. A hipericão está indicado no tratamento da asma, catarro brônquico, bronquite.
Ajuda a fazer a digestão, diminui a azia, facilita o funcionamento da vesícula biliar e está indicado no tratamento da fadiga física e psíquica, na depressão, apatia, tristeza e nas alterações do sono (insónias). Não tem efeitos secundários, não causa habituação e melhora a qualidade do sono. O hipericão permite, portanto, lutar contra as depressões e equilibrar o sistema nervoso.

Cichorium pumilum; Cichorium intybus (Chicória)


Planta herbácea, vivaz da família das Compostas, de caules erectos que atingem 60cm de altura. Flores de cor azul-celeste, que fecham à noite e voltam abrir no dia seguinte. Tanto as folhas como as raízes contêm inulina e levulose (glícidos que ambos favorecem as funções hepáticas). Indicada nas seguintes patologias: gota, artritismo, inapetência, atonia gástrica, digestão pesada, prisão de ventre, dispepsia biliar, congestão hepática, hipertensão do sistema portal, no combate aos parasitas intestinais (acção vermífuga), depurativa e diurética.

Herbário da Nossa Terra - Rosa hybrid




Estas roseiras bravas são muito particulares. Quando entram em floração.... parece que se transformam num enorme manto de pétalas com diferentes tons de rosa, e imanam um perfume delicioso. A forma como se apropriam do espaço, fazem destas plantas, quase esculturas vivas! Esta fotografia é um exemplo disso. Uma típica construção de pedra na zona do Vale da Perra, animada por esta roseira, coberta de flores...

Herbário da Nossa Terra - Misopates orontium

Como prometido, hoje venho deixar dois complementos relativos a 2 espécies já publicadas anteriormente. Lembram-se das bocas-de-lobo, ou caezinhos que publicámos? Pois bem, logo no dia seguinte a tal publicação, num belo passeio entre Pinhel e Zambujal, uma pequena planta chamou-me a atenção.... Era um arbusto pequeno (cerca de 50cm os maiores) e estava florido por umas pequenas gotas brancas (cerca de 5mm, ou 1cm as maiores). Quando me aproximei... o espanto foi imenso! Pois eram mais bocas-de-lobo.... No dia de espiga, na passada 5ª Feira, comprovei que realmente o Zambujal está coberto destas plantas, cuja floração se está a dar nesta época, logo serão fáceis de observar.
Aqui fica o registo:
pormenor da flor - fotografia tirada na zona de S. Sebastião
fotografia tirada na zona de S. Sebastião